A rosa
O que me sobrou foi uma escuridão ardente em meu peito
Talvez tenha sido os espinhos de uma das rosas mais bonitas que já chegará a nascer em meu jardim o causador de tantos dos meus problemas.
Dilacerado está meu coração que assim como minhas mãos
não souberam manusear essa tesoura que acabou cortando
uma de minhas artérias que ligava ao seu, que ao lembrar-se de tudo o que já foi regado chora lágrimas de sangue,
que ao ouvir seu nome tonteia e cambaleia após uma garrafa de cachaça.
De todas as flores que eu encontrei durante meu caminho
você foi a que mais me fez beber o álcool que queima em sua descida
E durante essas ressacas filhas de uma puta
eu sempre pensava em você e eu
Sempre dava meu tudo mesmo que fosse à imaginação, eu,
Do fundo do meu coração, dava tudo por um único beijo seu.
E no marasmo da noite penso no seu respirar ao longo das noites junto a você.
O que é tristeza se torna algo a mais que uma falta ou uma melancolia.
Talvez essa seja minha poesia em pessoa
E não quero outras palavras a não ser as tuas.
Destaco ainda os traçares de seus olhares
embriagando-me no seu sedutor e malicioso olhar
E mistura da sua sensualidade ingênua,
mas sempre pronta para atacar.
É o arranjo das melodias tocadas a sinceros sorrisos da satisfação.
Meu peito parte ao olhar que a flor que eu tanto amava
Se distanciou do meu jardim levada de mim pelo meu próprio egoísmo.
Meus objetivos se perderam, já não há mais sonhos. O que me sobrou foi uma escuridão ardente em meu peito.
- J. Eric


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