Saudades Latentes

Deixa eu voltar
para o tempo incrível
onde tudo podia molhar,
onde tudo não era sensível.
Onde a chuva podia cair
sem ao menos se importar.

Não sei o que a vida nos dará 
são tantos desencontros e é tudo tão voraz.
Sinto que minha alma morrerá,
Mas por que somos tão mortais?

Lembranças, amores e infinidade de dor.
Eu sou uma borboleta sem asas,
Um carro parado em uma estrada infinita,
necessito do teu torpor!
Torpor esse que me evita de dores rasas.

Olhando as estrelas me lembro do seu olhar,
com o meu peito latejando de saudade,
sentindo seus rastros a me marcar.
É tudo tão doloroso e pesado,
Perdido do chão,
Tendo como companhia a escuridão
Que por sua vez tem me sufocado.

Deixa o tempo passar,
talvez só ele dirá
que talvez, poderemos nos amar.
Preenchido de tanta tristeza eu vou explodir,
longe do teu calor,
sem poder te despir
eu definho em dor.


J.

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